01 fevereiro 2008

O Acto Eleitoral

Aos trinta e um de Janeiro do ano dois mil e oito, pelas vinte e uma horas, reuniu, em segunda convocatória, nas novas instalações da sede, sitas na Rua General Gomes Araújo, Edifício Vasco da Gama, Bloco C, Piso 1, Sala 1.32, 1399-005 Lisboa, a Assembleia Geral da A N C – ASSOCIAÇAO NACIONAL DE CRUZEIROS, em sessão extraordinária, para nos termos da Lei e dos Estatutos, proceder à eleição dos Órgãos Sociais da Associação para o biénio de 2008 e 2009.

O acto eleitoral foi presidido pela Mesa da Assembleia da Associação coadjuvada por um delegado de cada uma das duas listas concorrentes e regularmente admitidas.

A eleição decorreu entre as 22:55 horas e as 23:40 horas, tendo sido iniciada pela verificação dos requisitos eleitorais – boletins de voto onde constam as duas candidaturas em igualdade de circunstâncias, caderno eleitoral formado por todos os associados no pleno exercício dos seus direitos de voto e exposição das listas de candidatura aos associados – e à exibição da urna de votação vazia.

De imediato procedeu-se ao apuramento da eleição, registando-se os seguintes resultados:

Número de eleitores: 700

Número de presenças: 225

Número de votantes: 221

Número de votos brancos: 3

Número de votos nulos 3

Votos a favor da LISTA “RENOVAR A ANC – UNIR E DEFENDER OS SÓCIOS” 125 votos;

Votos a favor da LISTA “NOVO RUMO” 90 votos;


De seguida, o Presidente da Mesa proclamou os resultados da eleição dos seguintes Órgãos Sociais da A N C para o biénio de 2008 - 2009:

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Presidente - Bernardino José da Costa Gonçalves Moreira
Primeiro Secretário - António José Caeiro da Motta Veiga
Segundo Secretário - Paulo Alexandre Costa Murta Xavier

DIRECÇÃO

Presidente - Marius Amadis de Araújo França Pereira
Secretário - Rui André Ferreira de Figueiredo Ribeiro
Tesoureiro - José Carlos Prista Silva Henrique
Vogal - José Maia de Oliveira
Vogal - José Manuel Reis Nunes Leandro

CONSELHO FISCAL

Presidente - Fernando Ferreira Rosinha
Secretário - João Miguel Rosado Moreira Rato
Relator - Pedro Filipe Diener Roza De Oliveira Graça Pereira (Diener, LDA.)

A presente Acta foi lavrada imediatamente após o acto eleitoral, para fazer fé perante quaisquer sócios ou entidades e por corresponder à verdade vai ser assinada pelo Presidente da Mesa, pelo Primeiro Secretário, pelo Segundo Secretário e pelos delegados de cada lista.

28 janeiro 2008

Genuíno Madruga

No dia 24 de Janeiro pelas 10h45 o nosso compatriota Genuíno Madruga rondou o famoso Cabo Horn, sendo o primeiro português a fazê-lo em solitário, afrontando condições difíceis para o seu veleiro de cruzeiro.

A sua proeza honra a vela portuguesa e é um orgulho para todos nós.

A equipa de "Renovar a ANC - Unir e Defender os Sócios" envia daqui uma especial saudação a Genuíno Madruga e deseja-lhe que consiga completar, com êxito, a sua segunda volta ao mundo em solitário.

24 janeiro 2008

A ausência do debate de ideias

Lamentamos não ser possível realizar o "debate público" de ideias entre as duas candidaturas concorrentes, face à decisão da candidatura “Novo Rumo”, que transcrevemos a seguir:

“Bom dia caro Marius F. Pereira


Após análise da nossa lista foi decidido não fomentar o debate público entre as duas listas.

Não encontrámos mais-valias nesta acção pois tanto a lista "Renovar a ANC" como o "Novo Rumo" conseguiram formas muitos eficazes de passar a mensagem e colocam ao dispor dos sócios óptimos canais de comunicação.

Julgamos que com os blogues, sessões de esclarecimentos e endereço de correio electrónico de cada lista todos os sócios conseguem colocar as dúvidas sobre os programas.

Abraço
Carlos Silva

23 janeiro 2008

A ANC e a Preservação da Memória Náutica

Muitos de nós, que obtivemos as cartas de navegador de recreio em escolas acreditadas, em busca não só da habilitação necessária para o governo das nossas embarcações, mas também de mais conhecimento, vimo-nos defraudados nesse intento.


Alguns conceitos importantes e fundamentais, são passíveis de serem adquiridos nessas escolas:

1. Saber governar de acordo com as regras;
2. Qual o material de segurança necessário;
3. O conhecimento do fenómeno das marés;
4. A determinação aproximada da posição, seja por azimutes a pontos notáveis, seja controlando as batimétricas ou apontando aos astros visíveis;
5. Etc.

No entanto, existe algo mais que não está ao alcance de todos, que é a experiência acumulada de mais de 500 anos de navegação por esse mundo Mar fora, que infelizmente não está compilada, organizada, nem disponível e não se ensina nas escolas de navegação.

Para além dos conceitos fundamentais, alguns enumerados acima, dever-se-á acrescentar os adequados para a zona de navegação e programa que se pretende praticar:

1. Governo recomendável em mares específicos;
2. Material de segurança imprescindível, embora não obrigatório;
3. Marés: a corrente e a ondulação provocada pela mesmas;
4. Para além de onde estamos…, onde não devemos estar!

Alguns de nós, têm a fortuna de terem tido o privilégio de jantar com alguém que fez uma viagem especial, dobrou um cabo em condições mais rijas ou, se for muito afortunado, ter o prazer de falar com alguém, que passou pela difícil experiência de quebrar um mastro em alto mar. Mas, infelizmente, este meio de obtenção de informação não é suficiente nos dias de hoje.

Queremos e podemos fazer mais e melhor.

Na era actual de novas tecnologias, em que a informação supostamente pode estar disponível à distância de um “click”, a ANC deve actuar como centro agregador e de preservação da memória das experiências acumuladas por milhares de navegadores lusos, que rapidamente se traduzem em milhões de horas de experiência, acessíveis à distância de um “click”.

Simples aplicações, como formulários on-line na página da ANC, seguidas de classificação para indexação e arquivo em base de dados, permitirá a todos nós, novamente à distância de um “click”, ler e aprender a experiência de outros, seja de uma viagem a um destino de excelência, seja do melhor planeamento para ir de férias ao Norte ou Sul do País, seja de um mau serviço prestado por qualquer entidade ou, tão simplesmente, para sabermos:

- Quem já foi a um determinado local e podermos falar com ele!

Saudações Náuticas,
Paulo Xavier

12 janeiro 2008

A Renovação da ANC

Como referimos anteriormente, a ANC foi constituída em 1994 por um grupo de proprietários de veleiros de cruzeiro com a Missão de:

· Desenvolver a vela de cruzeiro
· Implantar a classe nos vários portos do país
· Defender os interesses dos associados

Considerando que esta missão ainda está actual, então como deveremos organizar a nossa Associação de forma a podermos cumprir com aqueles objectivos?

Por outro lado e de acordo com os actuais estatutos, a Direcção é o órgão a quem compete a “gerência social” e é constituída por apenas cinco membros: um Presidente, um Secretário, um Tesoureiro e dois Vogais.

Sabendo que a ANC tem actualmente cerca de 700 associados activos, mas que seria desejável que aquele número fosse largamente aumentado, facilmente concluímos que 5 Directores não serão suficientes para poderem cumprir a missão estabelecida.

Assim, e sem necessidade de alterar de forma significativa a estrutura organizativa da ANC, propomos proceder da seguinte forma:

1. Criar Comissões de Sócios à medida das necessidades, para colaborarem com a Direcção nas tarefas a realizar, por áreas de especialidade ou temas específicos, como por exemplo:

- Comissão do Abono ANC

- Comissão do Rating IRC

- Comissão de Cruzeiros

- Comissão Jurídica (revisão dos estatutos)

- Comissão para a revisão da Legislação

- Comissão para o Código de Ética

- Comissão para a Imagem e Comunicação

- Comissão para análise da situação da Sede e proposta de soluções

- Comissão para os Patrocínios (angariação e aplicação)

- Comissão para a Preservação da Memória Náutica Lusa

- Etc..

2. Nomear um Delegado da ANC em cada porto, doca ou marina de Portugal, onde estejam estacionados veleiros de cruzeiro, de forma a podermos ter um conhecimento mais directo e imediato dos problemas dos associados e, assim, melhor podermos defender os seus interesses.

Pensamos que, com estas duas simples medidas iniciais, será possível dar o “pontapé de saída” para a tão almejada RENOVAÇÂO da ANC…

Saudações Náuticas,
Marius

10 janeiro 2008

A ANC e os Cruzeiros

Missão

A ANC refere nos seus estatutos que se destina a "promover, a orientar e a defender a classe de veleiros de cruzeiro". Ora, se a ANC existe para em conjunto podermos, com mais força, lutar pelos nossos direitos, também existe para podermos organizar eventos. Assim sendo, a actividade da vela de cruzeiro é uma das prioridades da lista “RENOVAR A ANC...”, não só com a organização de um completo Programa de Cruzeiros e de pequenos passeios, mas também com um prático e eficiente apoio técnico na preparação e qualificação dos sócios da ANC que os levem a uma maior e melhor utilização das respectivas embarcações.

Organização

Para uma adequada consecução deste objectivo entendeu a lista "RENOVAR a ANC...",no seu projecto de reorganização atribuir a um dos vogais da Direcção a responsabilidade de coordenar a área dos Cruzeiros, o mesmo acontecendo para a área de Regatas, visando uma equilibrada distribuição de tarefas e responsabilidades, bem como uma melhor capacidade de resposta aos interesses e necessidades dos nossos associados. Esta situação não invalida que qualquer sócio possa colaborar com a Direcção no planeamento e na execução dos cruzeiros, colaboração essa que será incentivada.

Programa

Propomos, numa primeira análise, o seguinte programa para o corrente ano, passível de sofrer alterações por sugestão dos nossos Sócios:

- Cruzeiro da Páscoa: Tradicional Cruzeiro a Valada nos dias 20/21/22/23 de Março;

- Cruzeiro a Tróia: nos dias 25, 26, e 27 de Abril (dar a conhecer a nova marina);
- Cruzeiro a Sines e Vila Nova de Mil Fontes: nos dias 22, 23, 24 e 25 de Maio (a entrada em V.N.Mil Fontes será condicionada pelo estado do Mar);
- Cruzeiro ás Berlengas (em colaboração com AVELA): nos dias 7,8,9 e 10 de Junho;

- Grande Cruzeiro á Madeira: para a comemoração dos 500 anos da cidade do Funchal, com passagem pelo Porto Santo e, também (de acordo com o interesse dos sócios) às Canárias, regressando por Mohammedia e terminando numa marina do Algarve. Este grande cruzeiro decorrerá entre 19 de Julho e 17 de Agosto estando prevista a largada simultânea a partir de diversos portos do País;

- Subida do Guadiana: organizaremos ou apoiaremos este evento a realizar num fim-de-semana de Agosto;

- Passeio a Cascais nos dias 4 e 5 de Outubro;

- Cruzeiro a Sesimbra: no fim-de-semana de 29/30/01 de Dezembro ou 6/7/8 de Dezembro (de acordo com as condições meteorológicas e o estado do mar).

Além destes cruzeiros e de acordo com as marés e o estado do tempo, propomo-nos organizar, ou apoiar, passeios de fim-de-semana no rio Tejo (p. ex.: a Alhandra, Vila Franca de Xira, Seixal, etc.).

Na área de apoio técnico na preparação e qualificação dos sócios da ANC e, sobretudo, para a preparação do Grande Cruzeiro à Madeira e Canárias, organizaremos e apoiaremos Cursos ou palestras com convidados de qualidade sobre:

- Meteorologia
- Meios de Salvamento
- Motores
- Instrumentação
- Velas e afinações de mastro
- Pintura de Casco

Indo ao encontro dos interesses e necessidades dos associados da ANC propomo-nos assim dinamizar um sector que é uma das actividades fundamentais desta Associação.

Saudações Náuticas,
José Oliveira, Rui Soares, Ruy Ribeiro

07 janeiro 2008

ANC como Associação de Proprietários de Veleiros

1. A ANC como associação de Proprietários

A ANC tal como as suas antecessoras – a AVC e a APVC – foi constituída, por vontade expressa dos seus fundadores, como uma associação de proprietários de embarcações à vela.

Nos idos da segunda metade do século passado, quando aquelas associações foram criadas, os proprietários das embarcações então existentes constataram que os seus problemas e a defesa dos seus interesses não podiam ser, com eficácia, resolvidos pelos Clubes Náuticos a que pertenciam. Estes, quer pela sua natureza, quer pela falta de homogeneidade da sua massa associativa, não estavam em condições de corresponder à necessidade sentida.

Certamente que, então como hoje, esses clubes desenvolviam (e continuam a desenvolver) actividades meritórias aglutinando os amantes dos desportos náuticos, ensinando e formando nas suas escolas novos velejadores, organizando regatas e outros eventos, etc.. Mas quanto àquilo que especificamente interessava aos proprietários, pouco podiam fazer, pois no seio dos seus associados aqueles que dispunham de barco não passariam de uma minoria.

E assim os proprietários juntaram-se e formaram aquelas associações - de que a ANC é hoje a herdeira a nível nacional - para que, em conjunto e utilizando a força de pressão que decorria da sua unidade, pudessem intervir de forma a ter uma palavra naquilo que lhes dizia particularmente respeito: a disponibilidade, e a baixo custo, de espaços de estadia a seco e a nado, a existência de apólices de seguro em boas condições, a possibilidade de poderem influir na criação ou alteração da legislação náutica nomeadamente no que respeita à forma de registo, às regras e imposições de equipamento de segurança, à livre prática dos planos de água existentes, etc, etc.

Em suma, concluíram que, para a defesa dos seus interesses de Proprietários, teriam de ser representados por uma Associação de Proprietários gerida por Proprietários.

Ontem como hoje, esta ideia orientadora continua válida. Não são os nossos amigos, amantes do mar como nós, que convidamos para velejar connosco, nem mesmo os nossos tripulantes que muito estimamos que, mesmo que sócios, poderão estar à frente do governo da ANC. Não porque não tenham méritos e qualidades. Têm-nos. Não têm é sensibilidade para tal, pois não sentem como nós na pele, nem no bolso, os muitos condicionalismos com que nos defrontamos.

Tendo isto presente, a candidatura “Renovar a ANC - Unir e Defender os Sócios”, foi constituída única e exclusivamente por Proprietários de Veleiros de Cruzeiro, com apreciável currículo náutico, e, na sua vida profissional, todos gestores competentes com provas dadas.

2. A ANC como associação de Veleiros

A ANC dispõe nos seus estatutos que se destina a promover, a orientar e a defender a classe de veleiros de cruzeiro. Diz veleiros e não embarcações de cruzeiro. É precisa e concisa. Só embarcações à vela nela se deverão inscrever.

Tal disposição não é uma limitação. É sim uma afirmação de identidade!

É certo que entre as embarcações a motor também as há de recreio e cruzeiro. Sulcam o mesmo meio liquido que nós. Mas não pertencem ao nosso universo. São um mundo à parte.

Os seus proprietários não tem a mesma filosofia que nós nem a mesma maneira de estar no mar. A prática da actividade é muito diferente.

E se a ANC existe para em conjunto podermos, com mais força, lutar pelos nossos direitos, também existe para podermos organizar eventos - regatas e cruzeiros - de que nós tanto gostamos e que só por nós podem ser usufruídos.

Na antiga AVC, no seu princípio, ainda se abriu a porta de algumas iniciativas aos barcos a motor. Mas cedo se viu que nada nos unia e mesmo nas actividades, poucas, que se fizeram em conjunto, cedo se criavam grupos à parte.

É certo que os proprietários de barcos a motor se defrontam com alguns problemas que também são os nossos. Mas neste particular nada impede que as suas associações e a nossa se unam para congregar esforços.

Pretender, pois, abrir as portas da ANC a outras embarcações que não veleiros, para além de anti-estatutária, é uma medida que desvirtua a nossa associação, onde o amor pelo Mar Alto, pelo domínio dos Elementos e pela prática da Vela são aquilo que nos une e nos faz trabalhar em conjunto.

Saudações Náuticas
João Moreira Rato

05 janeiro 2008

A ANC e as Regatas

Apesar do “controle” dos dois ratings mais populares em Portugal, a ANC tem vindo a perder expressão nacional. A prova disso é o desaparecimento das regatas em abono ANC em Portugal, com a excepção de Lisboa, e a redução à sua expressão mínima das regatas em IRC.

A anulação do Campeonato Nacional IRC 2007, foi o epílogo da situação a que chegámos. A ANC ao ignorar as regras do jogo, não soube acautelar os interesses dos seus associados, atribuindo ao Clube organizador uma responsabilidade que deveria ser sua em primeira mão.

As classes estabelecem previamente protocolos com os Clubes que, por sua vez, assumem a organização dos Campeonatos Nacionais e Regionais na data e local acordados, e que depois de homologados pela FPV e ARV´s não podem ser alterados.

Importa saber distinguir as diferenças entre Clubes, Associações de Classe e Ratings. A ISAF define claramente o papel de cada interveniente.

Por exemplo, no que diz respeito ao IRC, tem sido prática dos seus gestores a nomeação de um ou mais correspondentes individuais ou colectivos em cada País. A pergunta é: deverá um "Rating" corresponder a uma "Classe"?

A ISAF resolveu esta situação com o IMS, delegando nas federações a sua gestão local, mas apoiando a constituição de classes como forma natural para a promoção das regatas e divulgação da fórmula.

O reconhecimento do IRC por parte da ISAF, fez com que os responsáveis desta regra repensassem a sua política de expansão, apoiando a constituição da "Associação Internacional de Armadores IRC" com a consequente formação das diversas "Associações Nacionais IRC".

A ANC não deverá ser apenas uma "Associação de Classe ANC", mas uma Associação "generalista" de Armadores de Cruzeiros tendo como objectivo principal uma intervenção na sociedade civil relativamente à problemática da Náutica de Recreio, ajudando a resolver os problemas que nos afectam a todos como nautas. Naturalmente que um abono ANC credível é necessário e importante para a prática desportiva dos seus associados, e para uma intervenção na vela nacional no contexto das Classes.

- A preocupação dos armadores não é certamente a de saber qual é a fórmula mais ou menos científica de cada rating, mas sim aquele que melhor se adequa à sua prática; serão organizados workshops sobre ratings e regras de regata,

- Promoveremos uma participação activa dos sócios da ANC na elaboração dos calendários oficiais de regatas, nomeadamente os campeonatos nacionais e regionais.

- Apoiaremos as “Regatas de Clube” que persigam uma lógica de participação ao longo da época nas diversas regiões, para uma maior aderência dos nossos associados.

- Será elaborado um “Calendário de Regatas ANC”, cujas provas terão um tratamento preferencial relativamente à imagem, organização técnica e social.

Saudações Náuticas,
José Leandro

04 janeiro 2008

A Sede da ANC

Temos muito pouca informação sobre esta e muitas outras questões que afectam a nossa ANC, fruto da política pouco transparente da actual Direcção.

O relatório e contas de 2006 referia como saldo da conta “Rendas” o valor de 536,13 €, em 2005 o valor foi de 1.693,34 € ? No anexo, nada é dito sobre o assunto, a não ser a justificação de uma coima das Finanças por alteração da sede de 275,89 € !

Ficam muitas dúvidas que, certamente, serão esclarecidas quando for feita uma auditoria às contas dos últimos exercícios.

· Em 2004 gastaram-se 10.116 € em Conservação e Reparação. O Relatório de Actividades refere que este gasto adicional se justificou pelas obras na Cave, que foi disponibilizada pela APL !!! e depois recuperada pela ANC.

· O aumento dos Activos por aquisição de mobiliário, equipamento e obras referido no Relatório de 2004, foi de 26.000 €, que resultaram num aumento das amortizações em 4.100 €.

· No Relatório de 2006 refere-se uma despesa de 5.486 € em Conservação e Reparação, parte dos quais em autorização para execução de Obras.

· Afinal a ANC tem ou não tem um Contrato de Arrendamento com a APL?

· Em caso afirmativo quais são as garantias ali expressas?

· Qual é a renda contratada?

· Qual é o espaço (área)?

· Qual é o período de utilização?

· Quais são as despesas de condomínio?

· Foi negociado um período de carência?

· Etc...

Conclui-se da pouca informação disponibilizada aos sócios, que, nos últimos 3 anos, se investiu bastante na Sede o que pode condicionar as decisões futuras.

Este Investimento só é justificável no caso do Contrato de Arrendamento salvaguardar um prazo de utilização que garanta a rentabilidade do Investimento efectuado.

Terá de ser efectivamente comprovado, que estas condições básicas de gestão do Património da ANC, foram salvaguardadas pela Direcção, relativamente aos Investimentos de 2004 e também ao de 2006 (ainda não dispomos de informação sobre o de 2007).

É evidente que a pergunta que formulámos no blogue, em inquérito sobre as preferências dos sócios em terem uma sede em Edifício Próprio, ou não, é condicionada pelo passado e pela resposta às dúvidas atrás enunciadas.

Para tomarmos uma decisão correcta sobre este tema teremos que ter em conta, entre outras, as seguintes questões principais:

- Funcionalidade pretendida para a Sede,

- Existência ou não de uma garantia de utilização futura,

- Custos de aquisição/construção face aos custos do aluguer,

- Localização,

- Flexibilidade.

Como é evidente e na expectativa de poder existir um Contrato de Arrendamento com a APL, seria inaceitável que este condicionasse a negociação dos Contratos de Estacionamento a Nado dos barcos dos sócios, apenas pelo facto de ser a mesma Entidade.

Saudações Náuticas,
José Carlos Prista

03 janeiro 2008

A Transparência na Gestão Financeira da ANC

Equilíbrio Financeiro

Análise dos Relatórios de 2004 a 2006

Analisando os Balancetes facultados pela Direcção da ANC, respeitantes aos exercícios de 2004 a 2006, verifica-se um desequilíbrio nos Resultados Operacionais na medida em que os custos destes, não são integralmente cobertos pelas respectivas receitas.

Podemos também verificar que não existe coerência na classificação das receitas, nomeadamente no valor apurado relativamente aos seguros, que em 2004 foi considerado como um proveito Extraordinário e em 2005 e 2006 como Proveitos Suplementares. Esta divergência provocou uma diferença significativa no apuramento dos Resultados Operacionais do exercício de 2004.

Torna-se, assim, difícil de comparar os rácios dos últimos três exercícios cujos números estão disponíveis.

Mesmo assim arriscamos a avançar a nossa opinião sobre:

Equilíbrios Futuros

Verifica-se que as Fontes das Receitas da ANC foram principalmente originadas nos sócios:
Quotas
Abonos
Medições
Cursos
Cruzeiros
Comissões de Seguro

os quais foram sempre tratados como “Clientes” e não como Sócios!

Quanto a nós, não faz sentido que, sendo a ANC uma Associação de Classe, obtenha Lucro com actividades cujos beneficiários directos, deveriam ser os seus Sócios. Na realidade, estes têm vindo a contribuir para a ANC, de uma forma, quanto a nós desequilibrada, sem terem conhecimento disso…

As Receitas Operacionais devem cobrir os custos Operacionais e os Custos Directos e Indirectos das Actividades devem ser financiadas pelas inscrições dos utilizadores das mesmas.

Para que seja possível inverter esta situação, propomos uma forma diferente de organizar as contas da ANC, através de uma maior transparência na Orçamentação e posterior análise dos Documentos Financeiros.

Propomos o desenvolvimento de uma Contabilidade Analítica e de um sistema de Orçamentação ABC que, de uma forma simples, possa permitir o controlo das Actividades principais.

Os sócios serão assim informados, de uma forma clara, qual a origem e o destino dos fluxos de caixa da ANC.

Quando se inscreverem num Cruzeiro ou subscreverem o Seguro de Grupo, por exemplo, saberão com detalhe, qual o resultado de cada uma daquelas acções.

A isto chamamos “Transparência” e propomos que esta política seja definitivamente implementada na gestão da ANC.

Saudações Náuticas
José Carlos Prista